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01-04-2003

Orfeão de Águeda brilhou em Espanha


Águeda

Orfeão de Águeda brilhou em Espanha O Coro Misto do Orfeão de Águeda, deslocou-se a Ourense (Espanha), nos dias 13, 14 e 15 de Setembro, para participar no 1º Festival Internacional de Música Coral “Auria Canta”, a convite desta instituição local. A participação neste festival veio evidenciar o espírito de inter-ajuda e colaboração, que existe entre coralistas, direcção e maestro do Orfeão, pois exigiu muito de todos. Por regulamento do festival, o repertório a executar foi exclusivamente de música popular portuguesa harmonizada à cappela, o que implicou para os coralistas menos tempo de férias, e semanas com três ensaios. Este festival internacional, contou com a presença de oito corais espanhóis, do Orfeão de Águeda (Portugal) e do Coro “ANA” de Latina (Itália). No dia 13 (sexta-feira), partiu o Coro Misto do Orfeão de Águeda às 9 horas da manhã, com paragem em Viana do Castelo, para almoço comunitário, rumando de seguida a Espanha, chegando a Ourense às 17 horas. De seguida, foi encaminhado ao Hotel, para deixar os seus objectos pessoais, tendo sido recebido ali com enorme simpatia por um grupo de coralistas espanhóis. Depois de um breve descanso, seguiu-se para a vila de Xinzo de Limia, que dista cerca 40 Km de Ourense, para realizar ali o primeiro concerto. O Orfeão actuou na Casa da Cultura, que acolhe também o Conservatório de Música desta localidade, sede de concelho. O concerto com duração de cerca de uma hora, esteve por completo a cargo do Orfeão de Águeda, que deliciou o público presente, não lhe regateando merecidos aplausos. Seguiu-se o jantar tardio, bem ao costume do país vizinho, servido no último andar da Casa de Cultura de Ourense, que depois de bem aconchegados, e não faltando a alegria provocada pela “Orquestra Orfeónica”, o bailarico entre portugueses, italianos e espanhóis, terminou às tantas da matina. Nada mais restava do que aceitar o toque de recolher, porque ao outro dia nos esperavam outras actividades. E lá seguimos todos para um merecido descanso...para alguns, que uns tantos ficaram trocando sabores no Restaurante do Hotel, com o gerente Sr. Conde, até o sol apontar. Esta malta de Águeda tem o apanágio de provocar um fácil relacionamento. Sábado dia 14, esperáva-nos um dia intenso de recreio e cultura, que os amigos espanhóis nos destinaram. Pela 9 horas da manhã, fomos convidados a visitar o Mosteiro de Santa Maria de Oseira, a 30 km de Ourense. Este mosteiro iniciado no séc. XII, é ponto turístico de revelada importância, que alberga ainda no seu vasto interior alguns frades da Ordem de Cister, cujo lema é: “Ora e Trabalha”. Este mosteiro que ocupa uma área de 43.000 m2, é uma obra prima dos estilos românico e gótico, onde sobressaem três enormes claustros. Possui ainda uma vasta granja, de onde provem o sustento dos frades residentes, vendendo aos turistas doçaria e vinhos espirituosos, segredo bem guardado ao longo de séculos. Tal como cá, os frades choram a pilhagem que populares e governos lhes fizeram ao longo dos séculos, em alturas fragilizadas da Ordem. Por ali, pernoitaram milhões de peregrinos a caminho de Santiago de Compostela. Frei Luis, foi o Guia, homem de fino trato e de enorme cultura. O Orfeão cantou na Igreja do vasto templo, “Ay Mi Dios” de D. Pedro de Cristo, em forma de agradecimento. De regresso a Ourense, fomos convidados a acalmar os estômagos, e seguimos para mais um passeio turístico nas represas do Rio Sil (Ribeiras Sacras), em Catamaran, que desliza no desfiladeiro deste rio. Seguiu-se o almoço tardio numa localidade de vinhedos, bem regado e bem servido. Voltando a Ourense, foi com muita ligeireza que nos apresentamos devidamente uniformizados, no ex-libris da cidade – O Teatro Principal de Ourense, que com a sua plateia e quatro círculos de camarotes dourados, praticamente esgotados, o Orfeão de Águeda actuou precedido do coral anfitrião e antes do coro italiano. A Coral Polifónica “Auria Canta” de Ourense, abriu o espectáculo com músicas tradicionais da Galiza que, pelas suas melodias e ritmo, abriram o “apetite” a quem ali se tinha deslocado para ouvir um bom espectáculo de música coral. De seguida, actuou o Orfeão de Águeda, que fez vibrar o público com um repertório de difícil interpretação, destacando-se muitos aplausos para a obra “Três Esconjuros” de Fernando Lopes Graça, e para a “Balada de Outono” de Zeca Afonso, tendo como solista Graça Abrantes e ao piano o Maestro Sérgio Brito. O Coro masculino “ANA” de Latina (Itália), deu também provas do povo italiano possuir uma cultura singular, na medida em que o seu repertório de melodias simples e típicas dos caçadores alpinos, ser portador de uma expressividade e sensibilidade, que não passou despercebida aos presentes. Voltando ao hotel, segue-se o jantar convívio para os três grupos que viria a terminar cerca das três da manhã, envolvido em enorme alegria e convívio. Aproveitou-se para realizar ali o baptismo de quatro novos coralistas do Orfeão, que são: Cláudia, Gladys, Rosário, e Viviana. De “shampoo”, serviu um bom vinho espanhol. Foi de arrazar este dia, debaixo de sol abrasador, e regressados ao hotel, a malta caiu na cama como tordos. Já no domingo, e devido à excelente imagem que o Orfeão deixou bem patente no Teatro Principal, era notória a curiosidade dos outros Coros ouvirem o Orfeão actuar. De manhã, os 10 Coros deslocaram-se à Catedral de Ourense para, às 12 horas, animarem a Eucaristia, tendo cada grupo ficado responsável por cada parte da celebração. Ao Orfeão de Águeda, foi-lhe confinada a parte da comunhão, tendo interpretado o “Ave Verum” de Edward Elgar. Os cânticos de Aleluia e Final da Eucaristia, foram interpretadas de forma conjunta pelos corais intervenientes, tendo sido escolhidos dois temas de Haendel: “Benedicat Vobis” e “Canticorum Iubilo”. Terminada a Missa, os Coros deslocaram-se à “Plaza Mayor”, e que bonito foi ver a bandeira portuguesa, entre outras, hasteada na Câmara Municipal, sinal de que o Orfeão de Águeda era embaixador do nosso País. Presente ali entre outras individualidades, o Vereador da Cultura daquela cidade. Todos os Coros interpretaram duas obras corais, cujo encerramento do Festival, esteve a cargo do Orfeão de Águeda que, com “Romarias de Idanha” e “Pinga com Limão”, arrancou fortes aplausos dos mais de meio milhar de pessoas que assistiam, destacando-se a presença de alguns portugueses, e da estupefacção de muitos espanhois rendidos à qualidade do Orfeão de Águeda. Em jeito de agradecimento pela presença de um coro português e de um italiano naquele festival, os coros espanhois interpretaram em conjunto dois temas do seu repertório de música popular. Todavia, aquele gesto não passou despercebido aos portugueses que logo brindaram os presentes com “Era una Flor”, uma habañera espanhola. A despedida ficou marcada por um lauto almoço – convívio entre todos os coros e organizadores. Após a habitual troca de lembranças, a hora da partida ficou marcada pelas lágrimas dos que nos acolheram, o que foi um indicativo que a nossa presença em terras de “nuestros hermanos” lhes ficou no coração. Prova de que a imagem do Orfeão não passou despercebida, foram as muitas solicitações feitas para que se desloque aquela região ainda antes do final do ano. Ao Coral Polifónica “Auria Canta”, organizador do festival, o Orfeão de Águeda sente-se muito agradecido, por todos os gestos de simpatia, e subida organização, a quem procuraremos receber de igual forma em Junho de 2003. O Orfeão despediu-se de Ourense e de Espanha sob uma forte chuva...de aplausos, lágrimas, bravos e vivas. Viva Águeda ! Viva Portugal ! Para os cibernautas, fica a informação que já se encontram online as fotos desta deslocação, em http://www.orfeaodeagueda.rg3.net no link “Ourense 2002”. Luís F. Soares (27 Set / 10:38)

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